segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O peso da Oração

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Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, e aproximou-se do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e pediu-lhe fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar. O dono do armazém riu-se dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento. Pensando na necessidade da sua família ela implorou: “Por favor senhor, eu darei o dinheiro assim que tiver...” ao que lhe respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja. Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia à conversa entre os dois aproximou-se do dono do armazém e disse-lhe que deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família por sua conta. Então o comerciante meio relutante disse para a pobre mulher: - ”Tem uma lista de mantimentos?” - ”Sim”, respondeu ela. “Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos”. A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e colocou suavemente na balança. Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu em baixo. Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o freguês e comentou contrariado: “Eu não posso acreditar!” O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada. O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia: “Meu Bom Jesus, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu deixo isto em Suas Mãos...” O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém. O freguês pagou a conta e disse: “Valeu cada centavo...”.
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Só mais tarde o comerciante reparou que a balança se havia partido.
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Entretanto só Deus sabe o quanto pesa uma prece...
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