quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A perfeição pode estar na imperfeição

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Tudo o que é bom... dura o tempo suficiente para ser inesquecível...
De vez em quando é bom ler algo que dê para reflectir um pouco.
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Em Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças deficientes. Algumas crianças permanecem em Chush por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser educadas em escolas normais. Num jantar de beneficência de Chush, o pai de uma criança fez um discurso que nunca mais será esquecido pelos que estavam presentes. Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, clamou:
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“Onde está a perfeição no meu filho Shaya? Tudo o que Deus faz, é feito com perfeição. Mas o meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. O meu filho não pode lembrar-se de factos e números como as outras crianças. Onde está a perfeição de Deus?” Estavam todos chocados com a pergunta, com o sofrimento do pai. Mas ele continuou: “Eu acredito, que quando Deus traz uma criança assim ao mundo, a perfeição que ele busca está no modo como as pessoas reagem a esta criança”. Ele contou então a seguinte história sobre o seu filho Shaya. “Uma tarde Shaya e eu caminhávamos por um parque onde algumas crianças que Shaya conhecia e que jogavam basebol. Shaya perguntou-me, acha que eles me deixam jogar? Eu sabia que o meu filho não era atlético e que a maioria das crianças não o queriam na equipa. Mas entendi que se o meu filho fosse escolhido para jogar, lhe daria uma confortável sensação de participação. Aproximei-me de uma das crianças no campo e perguntei se Shaya poderia jogar. A criança olhou à sua volta procurando por aprovação dos seus companheiros de equipa. Mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade em suas próprias mãos e disse: ‘Nós estamos a perder por seis rodadas e o jogo está na oitava. Acho que ele pode estar na nossa equipa e nós tentaremos colocá-lo para bater até à nona rodada’. Fiquei exaltado quando Shaya abriu um grande sorriso. Pediram a Shaya para calçar uma luva e ir para o campo para jogar. No final da oitava rodada, a equipa de Shaya marcou alguns pontos mas ainda estava a perder por três. No final da nona rodada, a equipa de Shaya marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Shaya foi escolhido para continuar. A equipa deixaria Shaya de facto bater nestas circunstâncias e perder a oportunidade de ganhar o jogo? Surpreendentemente, foi dado o bastão a Shaya. Toda a gente sabia que era quase impossível porque Shaya nem sequer sabia segurar o bastão. Porém, quando Shaya tomou posição, o lançador moveu-se alguns passos para arremessar a bola suavemente de maneira que Shaya pudesse ao menos bater. Foi feito o primeiro arremesso e Shaya balançou desajeitadamente e perdeu. Um dos companheiros da equipa de Shaya foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador. O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Shaya. Quando veio o lance, Shaya e o seu companheiro de equipa balançaram o bastão e juntos bateram a lenta bola do lançador. O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem de base. Shaya estaria fora e teria terminado o jogo. Ao invés, o lançador pegou a bola e lançou-a numa curva longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem de base. Toda a gente começou a gritar: “Shaya, corre para a primeira base. Corre para a primeira”. Nunca na vida dele tinha corrido... Ele saiu disparado para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até ele alcançar a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem de base que colocaria Shaya fora, pois ele ainda estava a correr. Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim ele lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem de base. Todos gritaram: “Corre para a segunda, corre para a segunda”. Shaya correu para a segunda base enquanto os jogadores em frente dele circulavam deliberadamente para a base principal. Quando Shaya alcançou a segunda base, a curta parada adversária, colocou-o na direcção da terceira base e todos gritaram, “Corra para a terceira”. Quando Shaya contornou a terceira base, os meninos de ambas as equipas correram atrás dele gritando, “Shaya corre para a base principal”. Shaya correu para a base principal, pisou nela e todas as 18 crianças o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido um campeonato” e ganho o jogo para a equipa dele. “Aquele dia,” disse o pai docemente com lágrimas caindo sobre sua face, “essas 18 crianças alcançaram a perfeição de Deus”. Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!”
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Engraçado como isto é tão verdadeiro e nos envergonha a todos! Engraçado como se podem enviar mil piadas por E-mail e elas se espalham como fogo, mas quando você começa a enviar mensagens sobre algo bom, as pessoas pensam duas vezes antes das partilharem. Engraçado como a indecência, as coisas grotescas, vulgares e obscenas cruzam livremente o ciberespaço, mas quando for passar esta mensagem, não a envia para muitos da sua lista de endereços, porque não estará seguro do que eles acreditam, ou o que eles pensarão de si por lhes enviar isto. Engraçado como uma pessoa pode preocupar-se mais sobre o que as outras pessoas pensem dela do que o que Deus pensa dela. Engraçado não é? Entretanto algumas pessoas não se preocupam com as outras; só com elas próprias! Vamos todos ter a esperança que nós podemos fazer a vida um pouco melhor para as pessoas que não estão tão bem quanto nós. E eu acrescento: “ O mal é que muitos de nós temos muito pouca fé; e que achamos que os filhos aleijados, feios ou incapacitados são só para os outros... os “nossos” têm que ser perfeitinhos!
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1º – “os outros” somos todos nós;
2º – tal como escreveu Khalil Gibran: “Os filhos não são nossos, vêm por nós!” E a nós, cabe-nos aprender alguma coisa com isso...
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