terça-feira, 25 de agosto de 2009

Gratidão e Conversão

.

O capitão de um navio que ia zarpar dirigia-se apressado para o porto. Estava muito frio. Diante da vitrina de um restaurante, viu um menino quase maltrapilho, de bracitos cruzados e meio trémulo:
– Que está fazendo aí, meu pequeno? – Disse-lhe o capitão.
– Estou só a ver tantas coisas boas que há ali para comer...
– Tenho bem pouco tempo antes da partida do navio, Se estivesse arranjado, eu o levaria a um restaurante para que comesse algumas dessas coisas boas e saborosas; mas, infelizmente não está...
O garoto, faminto e com os olhos rasos de água, passou a mãozinha magra sobre os cabelos em desalinho e disse:
– Agora estou pronto!!!
Comovido, o capitão levou-o como estava ao restaurante, fazendo servir-lhe uma boa refeição. E enquanto o garoto comia, perguntou-lhe:
– Diga-me uma coisa: onde está tua mãe?
– Ela foi para o céu quando eu tinha quatro anos. Disse o menino sem entender ainda a vida.
– E ficou com o seu pai? E onde está ele agora? Onde trabalha?
– Nunca mais vi o meu pai, desde que a mamã partiu...
– Mas então, quem toma conta de você?
Com um jeitinho resignado, o menino respondeu:
– Quando a minha mãe estava doente, ela disse que Deus tomaria conta de mim. Ela ainda ensinou-me a pedir-Lhe isto todos os dias.
O capitão, cheio de compaixão, acrescentou:
– Se você estivesse limpo e arranjado eu o levaria para o navio e cuidaria de você com muita alegria.
Novamente, o menino, alisando os cabelinhos sujos e mal cuidados, voltou a repetir a mesma expressão:
– Capitão, estou pronto.
Vendo-o assim quase suplicante, aquele capitão o levou para o navio, onde o apresentou aos marinheiros e imediatos, dizendo:
– Ele será o meu ajudante e será sempre chamado de Pronto.
Ali o garoto recebeu tudo o que carecia e as coisas corriam aparentemente bem, até que um dia ele acordou febril. Foi medicado mas a febre não cedia.
Vendo-o piorar, o capitão aflito disse ao médico:
– Procure salvá-lo, doutor. Não posso perdê-lo.
O médico fez tudo o que pôde, mas em vão. Na tarde seguinte, o menino, chamando o capitão, disse-lhe:
– Eu gosto muito de si... Você foi bom para mim. Gostei de estar aqui, mas ainda será melhor no Céu. Eu estou pronto, agora, para me encontrar com o Pai que também o ama. Não deseja aceitá-lo? Assim ver-nos-emos no céu...
– Sim, filho, tenho pensado nisto, e continuarei pensando disse-lhe.
– Mas quando? Quando estará pronto a entregar a vida e o seu coração ao Pai?
Com lágrimas nos olhos, o capitão, tomando as mãos do menino, disse:
– Estou pronto, agora! – E ali aceitou a Jesus.
.

Sem comentários: